Ao longo dos anos, aproveitei todas as oportunidades que tive para conversar com mães dispostas a relatar suas experiências de parto. Estava sempre à procura de algo em comum entre os partos sofridos e aqueles prazerosos.
 

Foram as mais variadas mulheres, com muitos ou poucos filhos, que tiveram filhos de parto normal, natural, cesárea, a termo, pré-maturo, pós-termo; em diferentes horários do dia, com enfermeira obstetra, ginecologistas; em hospitais públicos no sertão do Brasil, em maternidades privadas na Europa. Mulheres cujo o pai faleceu na véspera do parto, que tiveram o bebê no carro, na recepção da maternidade, de idade avançada ou adolescente. Eu ouvia sempre muito atenta aos detalhes, queria saber tudo que havia acontecido começando no dia anterior ao parto, a relação delas com a dor, os partos das família, a conexão que tinham com o bebe e a gestação em si.
 

Depois de 9 anos tentando engravidar, finalmente veio a Sara de parto normal, induzido, sofrido e doloroso. Sara nasceu bem, mas não conseguia mamar e, por conta da icterícia, demoramos para conseguir sair da maternidade.
 

Na minha segunda gestação eu estava decidida a entrar para o grupo de mulheres que vivenciaram um parto tranquilo. Resolvi pesquisar a fundo, conciliando minhas conversas ao longo da vida com muito estudo científico. Matheus nasceu naturalmente em 42 minutos, contados a partir do momento em que tive a primeira contração que de fato me incomodou. Foi sereno e harmonioso.
 

Resolvi viver para motivar outras mulheres a terem um parto prazeroso e orquestrado com a mãe natureza.